quinta-feira, 7 de maio de 2015

RUI TERRAS - Conta-me como FOI



Desta vez o “holofote” esteve virado para o Rui Terras, que aceitou o desafio da Coop em contar como tudo foi. 

Aconteceu tudo, na passada  quinta feira, onde amigos e alguns curiosos visitaram os Boca Roxa, um bar castiço, já com uns bons anos de funcionamento, mesmo no centro histórico de TV.

Se não conhecem, DEVEM conhecer! Corram, corram…



Além da boa disposição típica dos nossos ajuntamentos, fomos surpreendidos pelo Márcio o THE  Speaker , que quebrou, derreteu lentamente todo o gelo  que podia ter –se instalado por momentos. 

O corajoso fez stand up, foi comédia, e multiplicou a boa disposição. 

De tudo o que disse, ficou-me a necessidade de não usar saias curtas, porque o mote da sua criatividade paira mesmo em quem passa na sua área de visão e se torna um belo bode expiatório. Parabéns Márcio pelas gargalhadas provocadas!:)

 
 
O The Speaker preparou o terreno, para entrar o RUI TERRAS, que se revelou um autêntico contador de histórias, com tantas experiências de vida/ profissionais que cabem nos seus joviais 32 anos.

Foi difícil arrancar-lhe o microfone cheio de estilo.

Não cabe aqui neste texto, tudo o que o Rui partilhou, da sua história de empreender e de trabalho. Isso foi mesmo para os que lá estiveram!
 
Destaco, a sua SIMPATIA,  PROFISSIONALISMO e LUTA. 

Desde trabalhador- estudante, a engenheiro topográfico que desenvolveu trabalho por terras nacionais a internacionais (África) com uma experiência de emigração muito valorizada e gratificante.

O Rui também foi encontrando possibilidades de investir e fazer crescer, o projeto de Bar-lounge BOCA ROXA, e agora o mais recente restaurante em Santa Cruz, BOCA SANTA(também devem correr para conhecer, com a promessa de um espaço muito cool, com comes e bebes cheios de qualidade). 

De tudo o que foi contado, o Rui não deu fórmulas secretas de sucesso nem receitas feitas para empreendedores. Falou sim,  da sua experiência em fazer. 

- Falou de um trabalho onde as horas do dia nem sempre chegam. 

- Falou da necessidade de fugir de idealismos desmedidos e da necessidade, de como bom engenheiro que é, realizar ideias operacionais, com saúde financeira onde a inovação deve sempre andar de braços dados com a sustentabilidade. 

-Falou da importância da equipa, amigos, parcerias como a melhor forma de marketing e promoção do espaço. 

-Falou de Vestir a camisola do BOCA ROXA e BOCA SANTA com o peito cheio de ar!

- Falou da importância, mais do que um espaço e serviços de qualidade, a importância do atendimento cordial, simpático e presente às pessoas que passam pelos BOCAS.



O Rui falou no Conta-me como foi, mas FAZ todos os dias.

Resta à equipa Coop  dizer : É bom RUI, ver-te  acreditar na nossa terra! Devias ter trazido o macaquito irreverente das terras do Senegal, era mais feliz por cá?!:)

Obrigada Rui por mais um grande Conta-me como foi!  

A Coop visita brevemente o Boca Santa para conhecer o Sushi Men.

Sucesso e diverte-te pelo caminho.



segunda-feira, 16 de março de 2015

Diz que são escritores talentosos.



A Cristina Soares, engajada nesta missão de provocar os escritores dentro de cada um de nós, tem sido uma lufada inspiradora aqui na Cooperativa. 

Na primeira edição do seu curso, cá pela Cooperativa, a Cristina levou-nos a muitos sítios, aqueles que são cheios de gafes típicas de quem experimenta escrever, mas sobretudo a sítios onde todos tiveram um vislumbre da sua voz autêntica. 

Vasculhando na coleção de memórias pessoais, mensagens e motes e com a caneta em punho nasceram histórias bonitas cheias de talento. 

E porque foi tão bom, ousei pedir alguns destes momentos aos escritores- girino que passaram por cá , pudendo assim partilhar alguns dos resultados líricos feitos. 

  
Palucha na Carta ao seu Eu Juvenil; 

Querida Palucha dos meus 15 anos
Acredito que estejas ótima pois que continuas bem guardadinha num cantinho da minha memória, da minha biografia, enquanto ser humano que tenta cumprir a sua missão, enquanto torriense, foliona e cidadã do mundo.
Lembro-me muitas vezes de ti!...
Sabes, em alguns momentos, gostaria de ter de novo a tua bela idade e, claro, saber o que sei hoje. Mas se calhar, se assim o fosse, a vida não teria tanta graça, quem sabe? “On ne serais jamais!”
Sorriu sempre que te “vejo” de cabelo curtinho, de mãos nos bolsos das tuas “jeans”, a tentar esconder, de ombros encolhidos, o desenvolvimento do teu corpo; a menina chocada ao ver os seus amigos a destruírem-se com drogas ou álcool achando que por isso, são uns grandes homens. Tu sempre caminhando em direção à saúde, à felicidade das coisas simples. E se te dissesse que aos 24 deixarias de comer carninha?
Entretanto já “rolou tanta água” tantos anos se passaram que até já troquei a ordem dos algarismos, sim já tenho 51 anos, 36 já foram desde esse teu momento tão rebelde, sonhador e ingénuo.
Se te dissesse as voltas que a tua vida dá, não acreditarias, acharias impossível até, mas vou contar-te um pouquinho só para mexer contigo.
Diários escreverás poucos mais, mas passarás muitas aulas a escrever cartas para as amigas, cartas tão divertidas, com cenas tuas tão bem relatadas que quem as lê afirma que parecem um roteiro de cinema. Este teu dom será provisoriamente suspenso, mas aos 40 se transformará num livro “Conversas Espelhadas” o título adequado para uma tagarela como tu e que adora trocar ideias consigo mesma.
Lembras-te quando a “velha” de repente quis que passasses a ser uma senhora, que arrumasses a casa e aprendesses a cozinhar?
Pois agora és viciada em cozinha, a tua loja favorita é a dos tachos e panelas e a “velha”, ainda armada em feminista revolta-se com esta tua paixão.
Não, não caias ainda para o lado, tu que andas sempre “às turras” com o teu irmão, vais ter 2 filhos rapazes e ainda vais criar mais 3 enteados, 2 meninas e 1 rapaz bem rebelde.
Vais adorar tanto a música brasileira, a partir da tua maioridade, que irás parar ao Brasil e por lá andar meia dúzia de anitos.
Tenho tanta coisa para te contar…. mas hoje fico por aqui.
Um beijão
   Palucha

A Rita e as suas Benditas Botas:

Andei com esta carta emperrada há dias.Entrei numa mastigação lamentável, na incerteza de te dar 3000 avisos para as palermices que vais fazer ou se apenas te falava da saudade.Neste papel de quasi-mãe ou mesmo mana mais velha, não resisto aos avisos amorosos.Digo te o primeiro. Vê lá se guardas bem as Doctor Martinez, cor de relva e com a biqueira esfolada. Sabes porque digo isto miúda? Porque além delas serem um símbolo das manias alternativas que cultivas, vão ser e foram, responsáveis por passos firmes, que te ajudam a fazer um caminho engolindo a tua timidez.
As benditas botas, mais do que terem sido a compra mais avultada que os teus pais te fizeram (eles sempre te deram tanto, mas tu sabes que as contas era sempre a dividir por três) são, e eu sei que não sabes disto, um amuleto que te empurra para as missões impossíveis.
Missões Impossíveis são; Teres um empréstimo do teu irmão mais velho, eliminar as touradas em território nacional, convenceres o mundo que Nirvana e Soundgarden são visionários musicais. Ah, e em Casais brancos é impossível criar comunidades hippies.
Sei que fazes e depois pensas. Sei que refilas e depois pedes desculpa. Mas esse preto branco que te assalta é passageiro, assim como a febre das Spice Girls, não te preocupes.
Mas ainda bem que as doctor Martinez te acompanham na marcha dos desalinhados. Na banda Rock, na filosofia, nas leituras, nas cantorias e no Teatro da colectividade.
São elas que te seguram, na turma de Ciências dos filhos dos senhores doutores, que são competitivos à brava! Não gostas nada disso, mas digo-te que é muito bom saberes do que não gostas e sobretudo do que gostas. 
Guarda os desenhos do teu irmão de 3 anos, que no futuro vais sentir que são verdadeiras obras de arte. Cuida dele, mas não te preocupes tanto. Para isso há a mãe e o pai. 
Dá um beijo ao pai, daqueles apertados. Digo-te que moram no meu peito muitas saudades.
Por último, digo-te; Descalcei as botas e perdi-as de vista. Mas aos 33 percebo que apenas preciso da sua memória.
É bom chegar aos 33 e lembrar-me de ti. Despedir-me das missões impossíveis e acolher as novas possibilidades. 
R
A Margarida em Paris:

A Amelie está em Paris, a passear nas ruas perto da Bastilha, nas ruas com lojas de decoração e pastelarias maravilhosas.
Mas o dia começa a escurecer e a Amelie começa a correr parra chegar ao rio ainda de dia.E vai pelo lado esquerdo do rio Sena, até Notre Dame, praticamente a correr e depois encontra o namorado e de mão dada vão para o Louvre e lá em baixo vêm a Lua cheia, através dos quadradinhos de vidro.'


A Cristina vai voltar à Cooperativa para novas edições do “Diz que é Escrita Criativa” a iniciar já na próxima semana, dia 6 de Abril. 

Aparece, aposto que há um escritor talentoso dentro de ti!



terça-feira, 10 de março de 2015

Conta-me como foi (5ª edição) - Roberto Coelho




O Conta-me como foi, vai ganhando novas formas, sempre inspirado na diversidade das pessoas que passam pelo nosso sofá. Os apaixonados, destemidos, os humoristas os cientistas…

A 5ª edição, parece que reforçou a mensagem que realmente todos podemos ser empreendedores, seja em pequenos momentos da nossa vida, seja em projetos de vida que crescem até se perder a vista. 


O Roberto não sentou no sofá. Ele preferiu sentar-se no círculo espontâneo do público, como se fosse uma noite de verão, com uma fogueira imaginada e o  fluir de uma partilha autêntica onde todos puderam opinar e perguntar. 

Fiando-me na memória do que o Roberto nos trouxe e querendo fugir de um resumo prontinho de dados e evidências do seu negócio, lanço-me ao desafio de enfatizar alguns momentos que marcaram a noite. 

Arrisco-me a dizer que ao longo da sua história do Roberto houve uma variável não aleatória, o entusiasmo transbordante, na sua comunicação, na crença no seu projeto e na crença de percurso feito com muito trabalho.

Um entusiasmo de braços dados com uma paixão que nos inspirou e embalou tão facilmente. 



O Mais Fitness nasce de uma história de amor, nasce da experimentação, nasce de mangas arregaçadas e muita acção. 

Nasce de um casal que uniu as suas forças e com backgrounds de desporto e fisioterapia, ousaram treinar o gestor dentro de cada um deles! 

Numa atitude de curiosidade e avanço construíram o seu plano de negócios, o seu método e filosofia. 

Uma filosofia, baseada num ginásio diferente, o ginásio de conexão entre pessoas e aulas, com um tempo à medida nas correrias de hoje. O mais fitness tem uma grande diversidade de aulas com duração de 30 minutos de saúde e divertimento. 

Um método, criado pela experiência e também pelos erros da inexperiência, onde o marketing aposta na proximidade das pessoas, na interação e troca presencial. 

Um plano de negócios, gradualmente ajustado, para o crescimento e sustentabilidade familiar, para passo a passo fazer crescer uma equipa de professores e personal trainers à medida. 

Atualmente a expansão também física, abrindo um novo pólo na Malveira…e quem sabe se no futuro não será Nova Zelândia?

Houve também um debate muito interessante sobre a modelagem e cópia, onde Roberto lançou a importância da atualização de abordagens, aprendendo com os projetos, mentores e ideias de qualidade. 

A modelagem no sentido de crescimento para se encontrar algo de inovador na construção do seu projeto. 

O que fez sobressair não só a humildade, como também a crença da não competitividade como ingrediente para crescer no mercado.


Este conta-me como foi, foi recheado de dinâmica e energia como se de um fogo de artifício lindíssimo se tratasse. 

Mil obrigados ao Roberto, à Janina, à comitiva Mais fitness, ao Badoxa e a todos presentes na cooperativa. 

Foi um Conta-me como foi recheado de energia e Saúde!!





terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CONTA-ME COMO FOI , com José Henriques



A noite começou tranquila numa pequena ode ao amor “DO what you love, love what you DO” a colorir as paredes e o cheiro bom das comidas da Ana dos Moinhos da Capucha, que faziam promessas de uma noite plena. 
O pontapé de partida começou com as várias lufadas de ar fresco, que a Raquel Luz (do gabinete de apoio às empresas da CMTV) nos deu, ao reforçar algumas das boas práticas empresariais relacionadas com a responsabilidade social.

Enquadrada numa semana dedicada à sensibilização e encontros sobre esta temática, fiicou a importante promessa de replicar edição.

Este não poderia ser o melhor mote para acolher o José Henriques, na sua doce presença que com todo entusiasmo não se sentou no sofá e nos contou como foi. 



Numa atmosfera de escutismo, o José viajou aos tempos de infância e aos obrigados especiais do legado transmitido pelos seus pais. 
 
Percebemos, que os primeiros, segundos e terceiros passos vieram sempre marcados por uma caminhada cheia de significado nos escuteiros da Freiria. 

Ainda jovem, o José fala da semente do empreendedorismo, da iniciativa e cooperação alimentada por todas as vivências e relações que cultivou ao longo da vida no agrupamento escuteiros 496 da Freiria. 

Num percurso profissional de excelência, médico oftalmologista e cirurgião de retina e vítreo, constrói equipa e abre clínica oftalmológica em Torres vedras como diretor clínico e dedica-se muito. 

Cresce o trabalho e a entrega e expande na zona Oeste, abrindo clínica em Caldas da Rainha. 

Tudo culmina na abertura do Instituto da Retina de Lisboa, local onde como Diretor Clínico, desenvolve atualmente um trabalho clínico e científico inovador onde é destacado o diagnóstico e tratamento da Retinopatia Diabética. 

O José reforça os valores de cooperação e de trabalho. Sente-se grato pelas experiências que vão sendo o móbil para maior curiosidade e inovação.Sentimos isso. 

Ligado às raízes e a comunidade, traz novos projetos em carteira, de forma a criar mais e maiores respostas para os doentes de Diabetes em Torres Vedras.

Como chefe de escuteiros, chefia também a sua vida e neste conta-me como foi, também houve espaço para o José mais do que dar também receber.

Jovens escuteiras de corpo alma, alinhadas com muita maturidade no sofá, partilharam a admiração e o afeto que sentem pelo seu chefe, pedagogo e amigo. Ficou-me que na vida os problemas são como sanduíches, onde o pão é o que temos de bom e o fiambre e manteiga são as nossas vulnerabilidades. Temos que apertar com força o pão para o bom ser mais forte! 




A Coop está grata! Obrigada José. 
Obrigada a todos!
O último Obrigada vai para os donativos solidários que todos deram para o GLAV (Gabinete de Apoio à Vítima de Torres Vedras).