sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tique... Taque...


Esta história, não começa em lado nenhum...


Fala do tempo, relógio, tique-taque, incómodo, batalha, lápis, imaginário e momentos :)


Fala da Maria que não vivia no País das Maravilhas. Vivia numa terra, para lá dos longes, que funcionava com o mistério dos tique-taques.






Ninguém sabia como, mas esta terra existia, verdade verdadinha!


Tudo naquela zona funcionava, por contagem, contagem de momentos, contagem de segundos e de milissegundos. Sejam clepsidras (relógios de água) sejam ampulhetas para todos os gostos, até para olhar para o sol existiam lentes especiais que contavam o tempo que foi e o tempo que falta. Toda a cidade se erguia num monstruoso sistema de engrenagens que a faziam funcionar a todo gás e vapor! O tempo era o futuro e o presente era para controlar!


A Maria vivia na rua das Roldanas, na famosa Terra do Tique-Taque. Ouviu desde pequena, “mete as lentes Maria, o tempo é para controlar”.


A Maria vivia meio aborrecida neste terra fastidiosa, que vivia para o futuro. Só se divertia de vez em quando no quarteirão 60 onde havia uma cultura de bombas relógio. Ao menos via alguma coisa arrebentar e chegar ao seu termo.






Mas o pior de tudo mesmo, era o barulho; TIQUE-TAQUE, TAQUE-LARI, LARI-TIC-TIC. Maria usava uns mega tampões de feltro que lá engoliam algum do ruído e faziam os dias menos incomodativos.


Mas como as histórias do imaginário, têm sempre grandes contravoltas, a Maria, a nossa protagonista, um dia quis aproveitar o instante, sem pensar no depois, no que vinha a seguir. Primeiro abriu guerra aos relógios lá de casa, com martelos e ferramentas, abriu, desmanchou e martelou, até todos os relógios conseguirem parar de vez.


Respirou fundo e ainda ouvia alguns tique-taques bem ao longe como se tivessem dentro da barriga de um maldito crocodilo :p


Ao olhar para o chão do seu quarto e o lindo trabalho destrutivo que fez, reparou que na azáfama da batalha contra–relógio, ao lado do martelo e das ferramentas do avô, estavam 3 lápis bem coloridos com um caderno antigo do avô.


Ao desfolhar, viu que o avô desenhava criaturas, personagens, cenários lindos de morrer. Ao chegar ao meio do caderno, viu que o avô tinha uma mensagem para si. Porque não experimentas??


A Maria, pegou nos lápis e nunca mais ouviu os malditos tique-taques. :)






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